Reinventando as organizações

Uma tendência muito forte está se delineando na Administração e eu acredito que ela será determinante na forma de funcionamento e na estrutura das organizações no futuro próximo. Essa tendência se manifesta por meio de novas arquiteturas organizacionais e novas relações de poder que favoreçam a colaboração horizontal e a busca pela inteligência coletiva na solução de problemas, no enfrentamento de desafios e no alcance dos objetivos organizacionais.

Dois textos são indicados a seguir. No primeiro deles, que é um resumo do encontro do Fórum Global Peter Drucker ocorrido na semana passada, fica claro que o modelo mental que ainda comanda 99,99% das organizações não serve mais e quais os caminhos que podem ser seguidos. Recomendo fortemente a leitura:

http://www.forbes.com/sites/stevedenning/2013/11/18/a-new-center-of-gravity-for-management/

O segundo deles é um exemplo prático da aplicação desses conceitos. É um texto da revista Exame, mostrando a aplicação de redes sociais nas empresas para a solução de desafios e para a inovação.

http://exame.abril.com.br/gestao/noticias/como-redes-sociais-corporativas-podem-estimular-a-inovacao

Ataque de tubarões e marketing social

Como o marketing social poderia ser utilizado para prevenir essas trágicas mortes por mordida de tubarão, como a que aconteceu esta semana em Pernambuco?

Em primeiro lugar, seria necessário fazer pesquisa com o público-alvo. Conhecer suas crenças, suas atitudes e seu comportamento.

Mas uma abordagem que me parece promissora para ser testada (testada é uma palavra-chave aqui) é a de colocação de algum tipo de lembrete concreto na região da praia a partir da qual os ataques ocorrem (em nota na revista Veja consta que é a partir de 1 metro de profundidade). Talvez representações visuais de tubarões, em um formato que resista ao mar e a um possível vandalismo.

Isso não deve impedir, entretanto, que outras ações sistêmicas sejam adotadas, como aquelas relacionadas com os fatores que atraem os tubarões até pontos tão próximos da praia.

É hora de o Estado brasileiro superar esse modelo de ação baseado na ideia de que basta jogar informações às pessoas para que estas alterem seus comportamentos. Vejo, nas reportagens sobre esses ataques, placas afixadas nas praias alertando para o perigo. Isso está longe de ser suficiente. Esse paradigma de gap de informação está superado por conta do caminhão de evidências das últimas décadas que indicam as sérias limitações humanas no processamento de informações, na ponderação de riscos e na construção de crenças e atitudes.

 

 

 

Aprendizagem por desafios

Uma das tendências modernas na educação é o aprendizado orientado a projetos, que comprovadamente leva a melhores resultados do que a abordagem tradicional, pois favorece um papel muito mais ativo dos alunos. Esse é um desafio compartilhado também por organizações, que estão sempre às voltas com programas de formação de executivos e de desenvolvimento profissional. Há pouco tempo saiu no Estadão uma reportagem muito interessante, destacando justamente o interesse das empresas por uma metodologia similar, que procura disponibilizar desafios reais para capturar a inteligência coletiva (e resolver problemas reais das organizações!).

Segue o link: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,na-pratica-a-teoria-e-mais-interessante,953074,0.htm