Necessidades humanas e comportamento

Há um ponto frequentemente esquecido em diversos contextos que envolvem relacionamento social (por exemplo: relações nos condomínios, no trabalho, na família, entre Fisco e contribuinte, entre marcas e seus consumidores). Os seres humanos têm necessidades inatas e que frequentemente estão adormecidas nesses relacionamentos, mas que podem ser ativadas para elevar a qualidade das relações. Ninguém vai errar se considerar que, em conjunto:

– As pessoas querem se sentir ouvidas. Querem sentir que tem voz, que são respeitadas e que sua opinião é levada em conta.

– As pessoas precisam sentir progresso nas dimensões importantes do ente com quem se relacionam.

– As pessoas querem se sentir parte de algo maior.

– As pessoas querem espaço para se desenvolver, para aprender e enfrentar desafios.

– As pessoas querem se sentir bem e se divertir.

– As pessoas querem se conectar com outras pessoas.

– As pessoas querem perceber justiça no relacionamento.

– As pessoas querem conveniência e facilidade.

– As pessoas querem se sentir a origem de seu comportamento (autonomia).

– As pessoas precisam gostar da outra parte no relacionamento.

O que pode variar é a tecnologia social para dar vazão a essas necessidades intrínsecas. Mas frequentemente essas necessidades são ignoradas porque não fazem parte do modelo mental das pessoas com poder de decisão nos relacionamentos. Muitas vezes o modelo operante do ser humano é aquele mais raso: calibre recompensas e punições e ponto final. As evidências científicas mostram que o atendimento das necessidades humanas mais nobres gera resultados bem melhores. Tratei disso na minha apresentação no congresso internacional de marketing social, realizado em Toronto (Canadá) no último mês de abril. Saiba mais aqui.